terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Assume-mos

Dirijo-me ao balcão da Fnac porque depois de muitas voltas não consigo encontrar um determinado livro, daqueles muito indies e seminais que toda a gente que é gente jura a pés juntos que já leu. A mulher mal-disposta nunca ouviu falar, mas lá procura com as suas teclas e faz sinal a um estagiário para que o vá resgatar aos confins das prateleiras, abalando em seguida para a sua pausa para café-e-um-folhado. Passado um bocado lá volta ele todo contente com o volume na mão, e, só me vendo a mim junto do balcão, hesita. Com um sorriso entre o encabulado e o incrédulo, finalmente sai-lhe:
- Ah... é para si?
Sorrio educadamente, pego no livro e ponho-me a andar.
Era demasiado baixinho.

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